Mas, desta vez, esse momento foi bem diferente disso para mim…
Praticamente um “soco no estômago”.
Uma mistura de sentimentos tão intensos e tão contraditórios:susto, medo, fé, força, tristeza, garra, negação, decepção, força de novo, decepção mais uma vez, fé novamente, lágrimas, dúvidas, certezas… Por que? Por que assim?
E foi nessa montanha-russa de questionamentos e sentimentos que eu lidava com a descoberta de um tumor de pâncreas instalado no meu querido pai.
Um processo extremamente difícil, mas que, de certa forma, me orgulho em lembrar que consegui encarar com força, muita fé e esperança até o final.
Quem me conhece sabe muito bem que sou uma pessoa que não tem afinidade nenhuma com ambientes hospitalares. Porém, nesse momento, fiz questão de acompanhar meu pai nas sessões de quimioterapia que se seguiram durante seis meses no Hospital Sírio-Libanês.
Um excelente hospital, com profissionais dedicados, carinhosos e competentes. Nesse processo, todo o contexto ao redor me chamava a atenção:oambiente, as cores, os móveis e suas disposições, a comunicação visual, os uniformes dos funcionários e tudo mais.
Para mim, era possível enxergar nos olhos dos pacientes a angústia ao chegarem para a triagem no setor de oncologia.
Quantas dúvidas e medo no fundo daqueles olhares e dos que os acompanhavam…
E eu ficava pensando se havia algo que pudesse ser feito no ambiente a fim de amenizar esse sentimento.
Na época, estava aquela febre de pintar mandalas, lembra? Então, para me distrair durante o tratamento, eu sempre levava meus livros e lápis de cor para o Hospital.
E as pinturas eram a minha terapia enquanto aquelas gotas corriam pelas veias do meu pai.
Até que um dia, sugeri a uma senhora voluntária, que poderia ser interessante o hospital fornecer aos acompanhantes cópias dos desenhos de mandalas para serem coloridas. Quem sabe poderiam distrair os acompanhantes, diminuir a angústia?
E foi enorme a minha surpresa quando constatei, na sessão seguinte, que eles tinham adotado a minha ideia! Fiquei radiante!!!
Conversando com ela, então, pensei em mil sugestões paliativas que pudessem trazer mais alívio aos pacientes e acompanhantes, como o uso de cromoterapia, acupuntura, florais, aromaterapia nos ambientes, reiki, etc.
Ah, mas quanta pretensão a minha… Será? Por que não? E mais uma vez eu me encontrava confusa e em dúvidas. Imaginei que existiam muitas regras no hospital que não tornariam viáveis minhas ideias.
Conforme o Plano Maior, as coisas evoluíram como tinham de ser e meu pai apresentou piora, ficando 18 dias seguidos internado no hospital.
Nessa triste ocasião, seguindo os meus instintos, coloquei as minhas ideias em prática na tentativa de tornar aqueles momentos menos doloridos para ele e para nossa família.
Nesse período, levei para o quarto dele um cristal enooorme que, iluminado por uma lâmpada de LED na base, atuava como cromoterapia. Não tinha como passar despercebido!
Enfermeiros, faxineiros e médicos comentavam sobre o cristal e se encantavam com ele.
Também usei sprays de aromaterapia, combinações cabalísticas das letras hebraicas, livros de rezas, florais, todos os recursos que eu conhecia e usava no meu dia a dia e que pudessem trazer um pouquinho de bem estar e conforto para meu amado pai em um momento tão difícil.
Ah, e com permissão, fiz questão de levar o travesseiro dele para ser usado no lugar do travesseiro do hospital, que na minha leitura continha a energia de tantas outras pessoas doentes que o utilizaram antes.
Que diferença! Senti o alívio no olhar do meu pai ao colocar a cabeça no próprio travesseiro! Posso ainda ver o brilho dos olhos dele…
E, no o meio deste contexto, percebi que havia uma intenção muito forte minha em fazer algo a mais durante minha jornada na Terra. Algo mais colaborativo, mais altruísta.
Poder ajudar as pessoas… Mas como? Com certeza não era no ambiente hospitalar.
Por onde começar, então?
Foi nesse momento que uma amiga mais que especial me sugeriu, e eu iniciei um processo de Coaching com a Angela Valiera.
Após alguns meses de investigação, para minha surpresa, uma das opções como potencial a ser desenvolvido foi o Feng Shui, técnica de Harmonização de Ambientes.
Apesar de ter aplicado a técnica de Harmonização através dos conhecimentos de Silvana Occhiallini no meu antigo apartamento e antes de reformar a minha atual Morada, ainda não estava claro para mim ser esse o caminho a seguir.
Meu pai teve então sua missão cumprida e veio a falecer em junho de 2015.
Foi o pior momento da minha vida…
Além da dor da perda, nos meses que se seguiram continuava aquele vazio na busca de algo a mais que eu gostaria de realizar.
Servir como um instrumento para algo maior.
No início de 2016 recebi um email comunicando sobre o curso de Feng Shui para iniciantes e resolvi experimentar.
Fiquei encantada com tanta informação sobre a importância e imensa influência que nossa Morada tem sobre a nossa saúde, prosperidade, carreira, sucesso, relacionamentos e muito mais do que podemos imaginar.
Então se seguiram os outros módulos. E a vontade de poder compartilhar meus conhecimentos para ajudar as pessoas a viverem em espaços mais harmônicos foi aumentando a certeza de que a MoradaHarmoniA será o instrumento para que eu possa realizar o meu Propósito de Vida!
Gratidão por todas as pessoas que me ajudaram acreditando em mim e me incentivando neste processo!
Revisão dos textos:
Adriana Vazzoler-Mendonça
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